Da lotação ao Piratini
Foto de Ivan de Andrade
Aí estou eu, ao fundo (onde está Wally?), fazendo anotações no Gabinete de nosso governador Germano Rigotto, em 20 de novembro. Estava acompanhando um comandante da BM que atua na Serra. O oficial veio trazer um convite para os dois anos do Batalhão de áreas turísticas, em Gramado. Nada demais.
Engraçado é contar as agruras do repórter. Sem carro do jornal para seguir ao Piratini, tive de tomar uma humilde lotação Medianeira, vinda do bairro Teresópolis. O encontro estava marcado para 16h e eu fiquei terminando uns textos até 15h20min e cheguei no Palácio em cima da hora. Bufando e suando. As pernas doíam e o sapato não era dos mais bonitos. Como eu queria um carro para me deslocar mais depressa!
Dez contos
Tinha menos de R$ 10 na carteira (amassados porque tive de descer depressa do lotação). Na entrada da sede do Governo, me identifiquei para o recepcionista e ele me convidou a subir ao segundo andar. Fui correndo pela escadaria, como nos tempos de colégio. Mas agora com ares de jornalista sério.
Chegando lá, aquele luxo e a comitiva que eu acompanhada toda de terno sentada naquelas centenárias cadeiras douradas. Entramos no gabinete de Rigotto e esse, muito sóbrio, convidou o PM e mais três acompanhantes a sentar à mesa. Mas, de forma educada, avisou que a agenda estava cheia e seria difícil comparecer. A única forma de ir seria se o helicóptero já estivesse fora do conserto – pois proporciona deslocamento rápido. “Vê pra mim como é que está a situação do nosso helicóptero”, pediu a um assessor.
Helicóptero: um sonho distante
Dois minutos depois volta o assessor informando que o veículo seguia em São Paulo, sem data de entrega da “oficina”, pois uma peça não havia chegado de Miami. “Mas isso é inadmissível, é um absurdo, já faz quantos meses?”, reclamou o Governador. “Você tem que ligar para lá e dizer o que eles querem e o que não querem ouvir”, sugeriu o líder do Executivo. Reforçando a negativa da presença em Gramado, Rigotto atribuiu a ausência à agenda e ao helicóptero.
Enquanto isso, o humilde repórter sentia nas pernas os efeitos da apertada lotação Medianeira. Helicóptero ainda é um luxo distante e efêmero... Também para um Governador.
Aí estou eu, ao fundo (onde está Wally?), fazendo anotações no Gabinete de nosso governador Germano Rigotto, em 20 de novembro. Estava acompanhando um comandante da BM que atua na Serra. O oficial veio trazer um convite para os dois anos do Batalhão de áreas turísticas, em Gramado. Nada demais.
Engraçado é contar as agruras do repórter. Sem carro do jornal para seguir ao Piratini, tive de tomar uma humilde lotação Medianeira, vinda do bairro Teresópolis. O encontro estava marcado para 16h e eu fiquei terminando uns textos até 15h20min e cheguei no Palácio em cima da hora. Bufando e suando. As pernas doíam e o sapato não era dos mais bonitos. Como eu queria um carro para me deslocar mais depressa!
Dez contos
Tinha menos de R$ 10 na carteira (amassados porque tive de descer depressa do lotação). Na entrada da sede do Governo, me identifiquei para o recepcionista e ele me convidou a subir ao segundo andar. Fui correndo pela escadaria, como nos tempos de colégio. Mas agora com ares de jornalista sério.
Chegando lá, aquele luxo e a comitiva que eu acompanhada toda de terno sentada naquelas centenárias cadeiras douradas. Entramos no gabinete de Rigotto e esse, muito sóbrio, convidou o PM e mais três acompanhantes a sentar à mesa. Mas, de forma educada, avisou que a agenda estava cheia e seria difícil comparecer. A única forma de ir seria se o helicóptero já estivesse fora do conserto – pois proporciona deslocamento rápido. “Vê pra mim como é que está a situação do nosso helicóptero”, pediu a um assessor.
Helicóptero: um sonho distante
Dois minutos depois volta o assessor informando que o veículo seguia em São Paulo, sem data de entrega da “oficina”, pois uma peça não havia chegado de Miami. “Mas isso é inadmissível, é um absurdo, já faz quantos meses?”, reclamou o Governador. “Você tem que ligar para lá e dizer o que eles querem e o que não querem ouvir”, sugeriu o líder do Executivo. Reforçando a negativa da presença em Gramado, Rigotto atribuiu a ausência à agenda e ao helicóptero.
Enquanto isso, o humilde repórter sentia nas pernas os efeitos da apertada lotação Medianeira. Helicóptero ainda é um luxo distante e efêmero... Também para um Governador.
4 Comentários:
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Por Anônimo, Às novembro 21, 2006 10:27 AM
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Por Anônimo, Às novembro 21, 2006 10:27 AM
Jeison, é foda meu bruxo..ja passei por situações como essa. Mas depois, quando se posta num blog ou comenta entre os amigos, é só alegria. Profissao boa essa nossa!
Por Leandro Luz, Às novembro 24, 2006 8:22 AM
hehehe. só você, hem... goste ide ver ou melhor, ler!
Por Marli Fiorentin, Às dezembro 08, 2006 12:08 PM
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