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sexta-feira, agosto 12, 2005

Lula fala à nação

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva parecia inatingível em meio às denúncias de corrupção até o pronunciamento desta sexta-feira. O discurso em rede nacional pretendeu mostrar que o ex-sindicalista e presidente de honra do Partido dos Trabalhadores está agindo. Com o objetivo de “terceirizar” a culpa pela crise política, Lula afirmou ter sido traído pelos companheiros e assumiu os erros ocorridos em seu governo.

Quatro estudantes de áreas diversas acompanharam o pronunciamento e não ficaram impassíveis diante da manifestação do “empregado número um do país”. Em discussão, as alianças políticas feitas em 2002 pelo PT, a culpa ou inocência de Lula e o impacto gerado pelas declarações do deputado Roberto Jefferson, do PTB, que culminaram na abertura de inquérito parlamentar.

“É aquela história. Chefe tem de assumir a culpa, e ele não assumiu”, manifestou Caroline Gabbi, 19 anos, estudante de design. Para ela, Lula é um “líder que perdeu as rédeas do poder após assumir a presidência”.

Luiz Conti, 26 anos, estudante do último semestre de direito considera Lula um “homem de centro” dentro do PT, um líder carismático que nunca optou por uma ou outra corrente dentro do partido. Conti acredita que Lula não tinha noção de tudo ocorria na campanha eleitoral. O tamanho de uma disputa para presidente atinge cifras grandiosas, e o presidente não tinha total conhecimento do que se passava.

A aluna Michele Bittencourt, 23 anos, é filiada ao PT e acredita que Lula não é uma “cabeça pensante” dentro do Partido dos Trabalhadores, mas uma figura carismática com poder de angariar votos. “Existia corrupção dentro do PT, mas muito menos que nos outros partidos. Lula sabia, porém, quem convive no meio político sabe: negar é o princípio.”

Ao decidir pela manifestação pública, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende afastar a crise da cadeira principal do Planalto. O silêncio constrangedor foi quebrado.

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