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sexta-feira, agosto 04, 2006

Cesta de Flores Molotov


(Foto:www.gwu.edu)

Às 8h e 15 min, do dia 6 de agosto de 1945, o avião B-29 Enola Gay sobrevoava o Japão e lançava sobre a cidade de Hiroshima, região sul do país, a primeira das duas bombas atômicas que arrasariam o solo nipônico.

Little Boy, como foi chamada pelos aviadores estadunidenses, tinha a responsabilidade de conter a resistência japonesa na Ásia e vingar o orgulho norte-americano ferido após o ataque à base militar de Pearl Harbour, em 1942. Três dias depois de Hiroshima, foi a vez de Nagasaki sentir o poder destrutivo da bomba H.

Hiroshima possuía 245 mil habitantes, entre médicos, padres, professores, donas de casa e crianças. Cem mil morreram imediatamente. Somente as pessoas que se encontravam a pelo menos 1,2 quilômetros do centro da cidade sobreviveram. Pessoas essas que entrariam para a história como Hibakushas – “pessoas afetadas pela explosão”.

Era segunda-feira quando o clarão de um branco intenso transformou o dia em escuridão. O céu ficou coberto por uma torre de poeira, e uma chuva com gotas imensas de água caíram. Havia incêndios por todo o lado e pessoas feridas sem saber ao certo o que lhes havia acontecido. Dos 150 médicos da cidade, 65 estavam mortos.

Meses antes do lançamento da primeira bomba atômica em alvo humano - em maio - as tropas russas tomavam Berlim encaminhando o fim da Segunda Guerra Mundial.

O drama de seis pessoas que vivenciaram uma terra arrasada é narrado no livro Hiroshima, de John Hersey.

Aliás, considerada por muitos a melhor reportagem feita no século 20.

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