Os japoneses do Liberdade I
Foto: Jeison Karnal
Era um samurai em miniatura. Delicado, não assustava. Impressionava. Lá estava ele bem parado no armário envidraçado. E lá ficaria, incógnito, se dependesse dos japoneses do bairro liberdade, em SP.
Só fui entender o rigor nipônico ao tentar fotografar o samurai. Antes, para mim, a falta de flexibilidade dos asiáticos era folclore.
Na portaria do Museu da Imigração Japonesa, um rosto pálido de sobrancelas espessas e muito negras, atrás de um óculos arredondado, balançava a cabeça para cima e para baixo. Concordava com tudo o porteiro. Nada entendia. Até eu pedir para tirar foto do samurai...
Negociando a foto
"Posso tirar uma foto do pequeno samurai?", perguntei. "Hi", respondeu o porteiro de olhos puxados. "Tem que pedir direção...". "Ok", ingenuamente concordei.
Na secretaria do museu, esperei e esperei... Me olhavam e não vinham atender. Expliquei para a a japonesa que me atendeu que eu queria apenas uma fotinho do Samurai. Era engraçado. O escritório parecia o do Kenji, vulgo Spectroman. "Tem que mandar e-mail para direção. Leva dois dias", disse a mulher. "Mas eu terei ido embora!" "Mas assim são as regras, né?", disse. Não teve jeito. Ela ainda quis me empurrar um livro de R$ 30 sobre a imigração japonesa. Ah tá... Só podia ser desaforo!
Assim ficamos. Sem remorso "roubei" a foto que estampa o post de hoje. Contra o rigor nipônico, só mesmo o jeitinho brasileiro.
Tenho medo que o porteiro tenha cometido Arakiri por não ter conseguido me impedir de imortalizar a figura do samurai. Ele com a honra dele, eu com minha foto. E deixa assim. (Segue)
Era um samurai em miniatura. Delicado, não assustava. Impressionava. Lá estava ele bem parado no armário envidraçado. E lá ficaria, incógnito, se dependesse dos japoneses do bairro liberdade, em SP.
Só fui entender o rigor nipônico ao tentar fotografar o samurai. Antes, para mim, a falta de flexibilidade dos asiáticos era folclore.
Na portaria do Museu da Imigração Japonesa, um rosto pálido de sobrancelas espessas e muito negras, atrás de um óculos arredondado, balançava a cabeça para cima e para baixo. Concordava com tudo o porteiro. Nada entendia. Até eu pedir para tirar foto do samurai...
Negociando a foto
"Posso tirar uma foto do pequeno samurai?", perguntei. "Hi", respondeu o porteiro de olhos puxados. "Tem que pedir direção...". "Ok", ingenuamente concordei.
Na secretaria do museu, esperei e esperei... Me olhavam e não vinham atender. Expliquei para a a japonesa que me atendeu que eu queria apenas uma fotinho do Samurai. Era engraçado. O escritório parecia o do Kenji, vulgo Spectroman. "Tem que mandar e-mail para direção. Leva dois dias", disse a mulher. "Mas eu terei ido embora!" "Mas assim são as regras, né?", disse. Não teve jeito. Ela ainda quis me empurrar um livro de R$ 30 sobre a imigração japonesa. Ah tá... Só podia ser desaforo!
Assim ficamos. Sem remorso "roubei" a foto que estampa o post de hoje. Contra o rigor nipônico, só mesmo o jeitinho brasileiro.
Tenho medo que o porteiro tenha cometido Arakiri por não ter conseguido me impedir de imortalizar a figura do samurai. Ele com a honra dele, eu com minha foto. E deixa assim. (Segue)
Marcadores: Samurai
1 Comentários:
Melhor que "roubar" uma foto é fazer um vídeo da tentativa de obter "permissão" oficial, hein?! HEHE
Abraço..
Por RAMiRO FURQUiM, Às agosto 10, 2007 12:42 PM
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