KARNALBLOG. Escritório de jornalista é a rua!

domingo, outubro 30, 2005

NOVA PAUTA

Novo projeto da Prefeitura pretende tirar camelôs da rua e revitalizar o centro.


Entrevistas com camelôs e lojistas.

Consultas a índices em sites da secretaria da justiça do RS, Prefeitura e EPTC.

quinta-feira, outubro 06, 2005

Muita TV, pouca leitura, segundo Inep

Para obter informações sobre o mundo contemporâneo, os alunos das particulares preferem a televisão. É o que conclui a pesquisa realizada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) com mais de 140mil universitários que fizeram a prova do Enade em 2004. Um dado alarmante é o índice de leitura: 20% da considerada “elite cultural do país” admitiu não ter lido sequer um livro no ano da prova.

Mais de 60% dos alunos afirmaram preferir a TV, e 17,75 %, a Internet. Rádio e jornais aparecem por último, com 3,05% e 12,05%, respectivamente. Participaram alunos de 13 cursos, entre eles nutrição e Educação Física.

Experiente na produção de vídeos educativos para o MEC, a professora de Telejornalismo da Unisinos, Luiza Carraveta, atribui a preferência pela TV ao fato de ela contar com o recurso da imagem e do som, algo que fascina e emociona. Carraveta não põe a culpa na TV, no que concerne à baixa leitura: “As histórias não são mais contadas, e a imaginação e a descoberta do mundo da leitura, que é um ato solitário, perdem para a TV, que está ali instalada, é só ligar. Para ela, falta estímulo dos pais e da escola.

Adriana Duval, que ministra a cadeira de Radiojornalismo na universidade, observa que alunos que lêem produzem mais, com conteúdo e criatividade. Duval credita o baixo índice de preferência do rádio pelos alunos dos 13 cursos ao fato de a programação radiofônica não oferecer um espaço considerável às áreas de interesse pesquisadas pelo Inep: “Talvez pudesse ser sugerida, especialmente às emissoras de caráter universitário, a criação de produções periódicas ou permanentes que abordassem assuntos específicos desses cursos, como dicas de nutrição”, observa Duval.

A coordenadora do Curso de Nutrição, Maisa Pedroso, mostrou-se preocupada com o desempenho dos alunos quanto à leitura: “Os estudantes não têm o hábito de ler nada, nem livro, nem jornal, nem revista.” A febre dos alunos de nutrição, segundo a coordenadora, seriam as dietas da moda, acessíveis em páginas da Internet: “Os professores reclamam muito. Se dão um artigo científico para ler em casa os alunos não lêem. Se dão o texto para ler em aula, também não. E muitos universitários ainda acham que o professor está ‘matando de tempo ao fazer isso’.” Pedrosa não revela os índices, mas afirma que os formandos do curso de nutrição tiveram pior desempenho em conhecimentos gerais do que os ingressantes.

A estudante de Educação física, Cristina Fagundes, 27 anos, declarou não ter lido muitos livros em 2004. Declarou que assiste bastante à TV, lê revistas de comportamento feminino e pesquisa muito pela Internet na hora de fazer trabalhos: “Os livros da minha área são muito caros”, argumenta.