KARNALBLOG. Escritório de jornalista é a rua!

sexta-feira, maio 25, 2007

Karnalblog no Senado

Foto: Jefferson Karnal

O correspondente especial do Karnalblog, Jefferson Karnal, vulgo meu irmão, esteve no Planalto Central na semana em que a "navalha" da Polícia Federal estava pegando geral.


O presidente do Senado, Renan Calheiros, foi clicado por Karnal em um momento de muitas explicações à imprensa. Calheiros se defendia e tentava contrariar o consagrado "me diz com quem andas que te direi que és".

Não deve mesmo ser fácil assumir que se é amigo de Zuleido Veras, dono da Construtora Gautama, neste momento. Igualmente brabo deve ser não ter como fugir do parentesco com o deputado Olavo Calheiros (acusado de liberar emendas que favorecem a construtora). Renan é irmão de Olavo.

Com uma ajudinha da Abraji e do site Transparência Brasil, a grana que a Gautama recebeu do governo nos últimos três anos. De acordo com os principais jornais brasileiros, pouca coisa foi feita "de concreto" com essa dinheirama:

00.725.347/0001-00 CONSTRUTORA GAUTAMA LTDA -- R$19.938.338,20

CONSTRUTORA GAUTAMA LTDA -- R$ 9.962.266,74

CONSTRUTORA GAUTAMA LTDA -- R$15.220.125,86 2004

domingo, maio 20, 2007

“RAC é a ciência do Deadline”, afirma Steve Doig


O jornalista norte-americano Steve Doig, ligado ao Investigative Reporters and Editors (IRE) e vencedor de um Prêmio Pulitzer, em 1993, ministrou palestra sobre Reportagem Assistida por Computador (RAC) para cerca de 50 jornalistas e estudantes na tarde de sexta-feira (18), durante o 2ºCongresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji.

Ele classificou o método RAC como uma “Ciência Social do Deadline”. Doig também deu exemplos de temas corriqueiros que se tornaram grandes reportagens nos Estados Unidos.

Segundo o repórter, com a criação de um banco de dados próprio, torna-se possível ao jornalista investigativo mapear uma realidade e fazer o cruzamento de informações, em busca de um padrão, obtendo maior confiabilidade. Ganha-se em qualidade informacional, autonomia e em agilidade no fechamento de uma edição. Por tudo isso considera a técnica uma “ciência do Deadline”.

“Houve três fases na reportagem: primeiro, o repórter aguardava os dados fornecidos por autoridades. Depois, o jornalista discutia um problema a partir do uso de aspas, apresentando um case. Com o RAC, ele organiza os dados, contextualiza e transforma a si mesmo em um especialista, com o auxílio do computador”, afirmou.

Realidade no currículo das universidades de jornalismo americanas desde os anos 90, a primeira reportagem feita por RAC a ser premiada nos EUA partiu da redação do jornal Atlanta Constitucion, em 1989.

“A repórter ganhou um Pulitzer por comprovar que havia discriminação racial na cessão de financiamentos habitacionais”, lembrou. Em 1993, o próprio Steve Doig, então repórter do Miami Herald, recebeu um Pulitzer pela investigação dos efeitos do Furacão Andrew. “Descobrimos que das 80 mil casas destruídas, as mais novas foram as atingidas com maior intensidade.”

Mapear incidências de lesões em jogadores de futebol de determinada posição, conhecer o desempenho dos alunos da localidade por meio da avaliação das notas escolares ou cruzar informações de banco de dados entre os motoristas presos alcoolizados e os motoristas de veículos escolares. Todos esses assuntos podem ser mensurados, contextualizados, ampliados e gerar matérias interessantes.




“O RAC não transforma um repórter ruim em um bom repórter, mas pode transformar um bom repórter em um ótimo profissional”, ressaltou Steve Doig.

sexta-feira, maio 18, 2007

Meu Karma é o trem!



São Paulo. Congresso de Jornalismo Investigativo. Audálio Dantas, Marcelo Beraba (ambos conversando comigo como se eu fosse de casa), Caco Barcellos. Aqui as coisas acontecem.

Osasco. Trem até a Barra Funda. Outro até a Sé. Mais outro até a estação Paraíso. Não acabou. Mais um até a Trianon-Masp. Linhas e mais linhas interligadas. Sou eu de novo escravo do metrô.

Trem lotado, empurra-empurra e correria. Calor de 27 graus. Avenida Paulista à pé, rumo à Cásper Líbero. Atrolho.

Vou confessar: fiquei aguardando a catraca cuspir o bilhete do metro para entregá-lo ao motorista do circular da Unisinos (!). É a força do hábito.


Ainda tem a volta. Trianon-Masp, estação Paraíso... Paraíso?

terça-feira, maio 15, 2007

Hércules e Jeison na luta

Foto: Jeison Karnal
Dizem que quem tem amigos não fica mal. Pois é. Se a felicidade não é full time, pelo menos em alguns singelos momentos a gente percebe que ela existe.

Trabalhar com Jornalismo para mim é diversão. Porém, temporariamente estou sem estágio. Agradeço, pois, ao Leandro Luz pelo "frila" no Correio de Notícias em 9 e 10 de maio. Cobri um bazar da amizade, descobri que tem suspeita de dengue no bairro Mathias Velho e voei de Hércules. Me diverti, acho que colaborei com um amigo e tirei algum pra viagem.

Para quem é de Canoas, me solidarizo com o barulho causado pelos exercícios no ar. Agora que andar no C-130 Hércules, que esteve no Haiti e na Antártica, é legal... É!

Jornalismo Investigativo

Amigos, de 16 a 22 de maio estarei em São Paulo para O 2ºCongresso da Abraji. Depois que criaram o cartão de crédito da Gol, até um pobretão como eu pode viajar...

Guilherme, nos falamos lá! Certo! Para quem não me conhece, minha foto: http://karnalblog.blogspot.com/2006/09/eu-jeison-karnal-blogado-e.html#links

sexta-feira, maio 04, 2007

À procura da felicidade, À procura de estágio


Após um ano e dois meses de serviços prestados ao Jornal Correio Brigadiano, enfim a parceria chega ao final.


Em 2 de maio, problemas de ordem financeira atravessados pelo periódico obrigaram por me afastar das funções de... Estagiário. Meu salário, fucinho a fucinho com o que a Ana Paula Padrão recebe no SBT, estava obrigando ao jornal à tomada de empréstimos, à redução de custos e ao redirecionamento da publicação para outros serviços oferecidos pela empresa, em busca de lucro.


Bricadeiras à parte, aprendi muita coisa com meu chefe Felipe e com os demais colegas. Ainda que um jornal pequeno, me deu a chance de conhecer mais sobre segurança pública, de pegar mais cancha em entrevistas e de, em muitos casos, fazer uns textinhos até razoáveis.


Agradecimentos ao Nicolau pelo apoio nesse momento de desemprego e ao professor Sérgio Endler, pelas palavras e atitudes de incentivo.


Quem sabe minha vida vira roteiro de filme como em À PROCURA DA FELICIDADE, estrelado por Will Smith?