KARNALBLOG. Escritório de jornalista é a rua!

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Então é Natal


A você colega que, diariamente, me dá a honra da visita, meus votos de um Feliz Natal e de um Ano-Novo repleto de boas notícias.

Não percamos essa esperança boa de sempre estarmos aptos a lutar contra as pressões e levarmos informações sérias ao público.

Ser jornalista é missão. Vale a pena, apesar da correria e da sensação de que sempre tem algo errado neste mundo. Ser jornalista é essa vontade de construir um Brasil melhor.

Apesar daquela máxima: bad news? Good news! (Más notícias? Ótima notícia!), espero que a imprensa faça menos coberturas de showrnalismo e sangue. Precisamos proporcionar crescimento e cultura sempre. Compromisso, pouca preguiça e muita investigação.

É o que desejo para 2007! Repórteres, vamos para a rua! Escritório de jornalista é a rua...

O editor

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Saci contra Golias


Um menininho negro, bem brasileiro, de uma perna só. Na boca, um cachimbo. Ele tem a árdua tarefa de vencer o gigante de Ronaldinho Gaúcho, Deco, Valdéz, Puyol e tantos outros gigantes do Barcelona.

Segunda-feira quando atualizar novamente o Blog a sentença já estará posta. Lembremos dos Vietcongs vencendo os norte-americanos; dos americanos vencendo os ingleses e de Davi contra Golias.

Quando Davi foi voluntário para lutar contra Golias, Saul disse a Davi:

"Contra o filisteu não poderás ir para pelejar com ele...

Respondeu Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai;


Quando veio um leão ou um urso e tomou um cordeiro do rebanho, eu saí após ele, e o feri, e livrei o cordeiro da sua boca...O teu servo matou tanto o leão como o urso; este incircunciso filisteu (GOLIAS!) será como um deles." (I Samuel 17:33-36). "

Resta a nós colorados acreditarmos no Saci, ainda que alguns o considerem lenda. Pois que vire lenda após uma épica vitória sobre o barça! Amém.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Vendedores de produtos estranhos


O post passado abriu a temporada de recordações. Mais do que isso, abriu a porteira para que lembrássemos os produtos mais estranhos que cada um já vendeu na vida. Comente e faça a sua contribuição. Eis a minha nova:

Além do nobre jornal da infância e de uma lúdica banca de revistinhas em quadrinhos, eu já foi parar na direção do colégio por comercializar a famosa "gravata COCADA", do programa do SBT A PRAÇA É NOSSA.

Cocada era aquela gravata que quando o personagem Lindeza (Rony Cócegas)via uma mulher esfuziante colocava a língua para fora e repetia "Calma Cocada". E ela subia!

Aprendi com um colega a fazer a gravata com papel e colocar uma fita por baixo da camiseta para fazê-la subir. Quando vi, estava com uns vinte modelos diferentes. Vendia por alguns centavos a "Cocada de guerra", toda camuflada; a "Cocada da Seleção", verde-amarela e muitas outras...

Ninguém passa incólume pela influência da mídia! Definitivamente...

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Primeira banca, primeiro jornal

Jornalzinho da rua aos dez anos e uma banca de revistas usadas aos onze. Assim começou minha carreira jornalística.

Renan respondia: "Quanto me paga?"

Havia uma equipe de redação para trabalhar comigo no projeto do periódico, mas na hora H ninguém quis levar o projeto adiante. Lembro de ter falado com alguns vizinhos e de ter colocado anúncios de classificados. Um dizia assim: "Dona Nelly (já falecida) precisa de alguém para capinar o canteiro", o que Renan respondia: "Quanto me paga?". Minha mãe datilografou as notícias e diagramou comigo. Fizemos umas trinta cópias. Sai de porta em porta vendendo exemplares - custava alguns centavos. Só não vendi um, relíquia que guardo com toda nostalgia, em casa.

Dumping: barbeiro protesta

A banca de revistas usadas foi um projeto pioneiro, pelo menos no bairro Medianeira. Meu pai pegou uma mesa velha, colocou umas dobradiças e montou um expositor. Basicamente eu vendia e trocava quadrinhos de todos os tipos, na esquina da minha rua. Chegava em casa do colégio carregava a mesa uns 50 metros e negociava gibis até umas cinco da tarde. Muitos clientes! Não sabia que daria tão certo. Lembro de um dia ter ganho dinheiro suficiente para pagar picolés para uns dez amigos colaboradores. O empreendimento acabou porque o barbeiro do bairro - que também vendia revistinhas - começou a perder clientes e veio tirar satisfação. Minha banca vendia mais variedades e tinha preço menor. O dumping - vender barato para quebrar a concorrência - deve ter começado lá no bairro Medianeira. Comigo.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Matilda

Foto Nicolau Junior
Quem seria Matilda? Afinal é essa o nome que está gravado no cabo deste "Trabuco" exposto no Museu da Academia de Polícia Civil (Acadepol).

Afora a curiosidade sobre a personificação de Matilda (seria uma namorada, a mãe de alguém?), a curiosidade é saber como os detentos do Presídio Central conseguiram material suficiente para construir uma arma de tal magnitude.

São verdadeiros artistas. Reparem no acabamento e no design. O objetivo era dar pompa à arma artesanal. O toque afetivo: Matilda! A munição, areia, pedras e pregos ou o que tiver a mão.

No Museu da Acadepol encontra-se também a tampa de uma panela daquelas de fazer mocotó. Mas o item está com a circunferência toda recortada, como fora uma "estrela ninja" gigante. A monitora explica que a tampa era jogada por baixo da porta para ferir os agentes e os policiais, durante as rebeliões.

Criatividade e habilidade são dons de todos os seres humanos, precisamos é direcionar todo esse poder para o bem.

Não se trata de apologia ao crime, mas a sensação é bem esta: eles (os bandidos) são muito bons no que fazem.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Surfistas de bumba

Foto: Nicolau Júnior

Ontem, no início da tarde, a despedida do Inter - rumo ao Mundial - mobilizou a torcida. E a polícia.

Houve enfrentamento entre PMs e organizadas do Colorado. A foto abaixo foi tirada perto das 15h no Estádio Beira-Rio. Torcedores resolveram surfar no teto do ônibus que os trazia do aeroporto Salgado Filho.

Deu medo ver os caras, assim, saindo pelo alçapão e desafiando o perigo ao longo da avenida Padre Cacique. Esses aí queriam viajar para o outro mundo!

Direção não financiem mais esses caras, exceto em um caso: passagem só de ida para eles rumo ao Japão!

terça-feira, dezembro 05, 2006

Escritório de jornalista é a rua

São três ou quatro reunidos em uma praça.
Dentro de uma garrafa de água mineral, vinho. Os dez minutos de atraso no serviço - que me exasperam-, para eles significam apenas algumas piadas a mais. Dois cães sujos dão voltas em torno do banco verde em que estão sentados dois mendigos. Meu passo é apressado.

Outros dois homens catam latinhas nos arredores da quadra de futebol. Todos sorriem e o papo parece bom. Se me fossem concedidos os dez minutos, deixaria de lado as entrevistas com as autoridades constituídas para entender o dia-a-dia dessas autoridades “destituídas”. Passo por um deles (ambos vestimos roupas velhas e temos a barba por fazer) e recebo um aceno com a mão, seguindo de um sonoro “bom dia”.

A impressão é de que os grandes personagens têm ojeriza de redação e preferem mesmo essas pracinhas de subúrbio. Jornalismo em escritório não existe. Amanhã pego caneta e bloco e vou dar expediente no escritório de meus novos amigos.

Escritório de jornalista é a rua.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Karn@literatura


"Neil [Amstrong] pode ter sido o primeiro homem a pisar na Lua, mas eu fui o primeiro a fazer xixi!"

Astronauta Buzz Aldrin, o segundo homem a pisar na Lua