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terça-feira, maio 16, 2006

Desacreditando o Código da Vinci


Traduzido para mais de vinte idiomas em mais de quarenta países, o livro Código da Vinci, do norte-americano Dan Brown é um dos maiores fenômenos literários dos últimos anos. Lançado em 2003, vendeu cerca de quinze milhões de cópias, quatrocentas mil só no Brasil.

A obra se apresenta como uma ficção histórica, ou seja, uma obra de ficção que se apóia em fatos históricos. A publicação 100 Respostas – vol. 6, da coleção Mundo estranho (Ed. Abril) aponta que, ao contrário do que Brown diz, Leonardo Da Vinci não criou o cilindro secreto denominado críptex (usado para ocultar mensagens secretas) e que a pirâmide de vidro do Louvre não tem 666 vidraças.

O autor de Código da Vinci também afirma que o nome do quadro Mona Lisa seria um anagrama para as divindades egípcias Amon e Isis (escrito originalmente como L´isa), representando a sexualidade mista da personagem retratada. Porém, o autor parece ignorar que o nome Mona Lisa não foi dado por Leonardo, mas surgiu anos depois de sua morte, conforme lembrou a já citada autora Amy Welborn.

Não é verdadeira a afirmação, no começo da obra, que "todas as descrições de obras de arte, arquitetura, documentos e rituais secretos descritos neste romance correspondem rigorosamente à realidade". À realidade do cinema, pelo menos.